INTRODUÇÃO
Este trabalho analisa as principais
províncias de exploração e produção de petróleo em Angola. Após a crise de
1973, as companhias transnacionais de petróleo adoptaram diversos programas de
diversificação da produção em áreas preferencialmente fora do domínio da OPEP
sendo que Angola está incluída na estratégia de exploração de novas regiões com
enormes potencialidades de hidrocarbonetos.
Angola tornou-se o primeiro produtor de
petróleo do continente africano (seguido pela Nigéria e Líbia), com uma
produção que quadruplicou nos últimos vinte anos e que representa o principal
capítulo de exportação do País.
HISTÓRIA
O interesse pelo petróleo
angolano começou logo que o automóvel fez a sua entrada em Angola em 1912.
Imediatamente no imaginário angolano começaram as histórias e as lendas sobre
petróleo.
Mas antes, em 1910, uma firma
comercial antecipou-se e conseguiu, em Lisboa, uma concessão para perfuração de
petróleo entre Santo António do Zaire (Soyo) e Novo Redondo (Sumbe). Foi
outorgada uma concessão de 100 000 km2 à PEMA, tendo esta iniciado os trabalhos
em 1915. Perfuraram mais de 500 m sem qualquer exito. Desistiram.
Era vulgar ouvir dizer que em tal
parte o petróleo jurava do solo como se fosse água. Nas anharas húmidas em
Angola a vegetação rasteira sofre putrefacções, após chuvas persistentes,
formando pastas densas e negras, com laivos de gordura, dando a ilusão de que é
petróleo. Existir petróleo em Angola era uma frase que os colonialistas não
gostavam de ouvir, não fosse ela ouvida pelas multinacionais e, pior, não fosse
ela verdadeira. Para susto bastou a PEMA.
Eles intuiam que o petróleo iria
inviabilizar a presença portuguesa nas colónias. O raciocínio estava correcto
porque logo que o petróleo em Cabinda começou a jurar abundantemente,
imediatamente irrompeu a independência.
A existência de asfaltos, um
indiciador de petróleo, no norte de Angola, mais convencia os angolanos de que
a descoberta de petróleo era apenas uma questão de tempo. Os asfaltos são um
parente pobre dos petróleos mas que fornecem uma pista.
Em 1938, inquieto com a inépcia
dos transportes em Angola, o capitão Joaquim Félix, radicado em Angola,
empreendeu experimentos, do seu bolso, com os asfaltos dos Libongos. A imprensa
apoiou-o, mas as entidades oficiais achincalharam-no. Decorreriam mais 24 anos
para que a colónia começasse a pavimentar as estradas, com os seus próprios
asfaltos betuminosos, dando razão ao visionário capitão Félix. As autoridades
argumentavam que o asfalto dos Libongos não era apropriado para estradas, mas
os belgas compravam-no e usavam-no em pavimentações no Congo Belga já na década
de 40.
AS PRINCIPAIS RESERVAS DE PETRÓLEO
As principais reservas de petróleo estão
localizadas na província de Cabinda e na costa norte entre o Soyo e Quinzau.
Cabinda
Cabinda é uma das regiões que tem o
grande paradoxo dos países em desenvolvimento ao longo da história: são cidades
ou províncias extremamente ricas, mas em que sua riqueza foi usurpada pelos
colonizadores (ou pelas modernas multinacionais) e pela gananciosa elite local.
Cabinda é o principal exemplo e reflexo
dessa situação controversa já que a província garante a maior parte da produção
de petróleo de Angola, principalmente na zona offshore, e possui boas reservas
minerais, um óptimo solo para a agricultura e boas condições para a actividade
pesqueira na costa da região. À primeira vista, quem lê a descrição da
província pensa que por causa de toda essa riqueza de recursos ela é
desenvolvida e detém excelentes índices de qualidade de vida, mas a realidade
está bem distante desse quadro.
A abundância de recursos naturais
contrasta com a falta de educação, saúde, segurança e empregos para a
população, além dos graves impactos ambientais causados pela actividade
petrolífera. Ao pensarmos nos motivos pelos quais a região tão rica de Cabinda
possui uma população tão pobre em sua maioria, infelizmente,
Soyo
Na cidade do Soyo, no norte de Angola,
na fronteira do país ocidental africano com a República Democrática do Congo:
de dois tubos horizontalmente colocados, sai uma labareda de vários metros de
altura. Como na beira desta estrada, existem vários pontos no Soyo onde há
queima de gás, um sub produto da exploração petrolífera na região.
Queimar o gás associado encontrado com o
petróleo contribui para o efeito estufa, mas é uma das maneiras mais baratas de
eliminá-lo. Por isso, todas as noites, as chamas iluminam o céu noturno do
Soyo. "Aqui no Soyo, à noite, a cidade toda é escura. Até a pessoa que
está a atravessar a rua, não tens o direito de lhe ver porque está escuro. Mas
a cidade está cheia de petróleo. Em vez de levar a riqueza, traz a
pobreza", avalia o taxista Luciano Nzombo Madia, de 32 anos, enquanto
manobra o pequeno carro ao longo de uma estrada esburacada.
Porém, logo Angola deverá deixar de
queimar gás. É que o Soyo é a sede da primeira fábrica angolana de LNG – sigla
inglesa de Gás Natural Liquefeito. O complexo de tubos e tanques de
resfriamento começou a ser construído em 2008 e foi finalizado em 2012. A
unidade tem o tamanho equivalente a cerca de 240 campos de futebol e pode ser
considerada um pilar do desenvolvimento de Angola, que em 2002 encerrava uma
guerra civil de 27 anos.
A produção do primeiro gás natural
liquefeito estava planejada para o primeiro trimestre de 2012. Porém, segundo a
DW África apurou no Soyo, a unidade ainda está em fase de testes. Por isso, não
pudemos visitar a fábrica, que terá uma capacidade instalada para produzir 5,2
milhões de toneladas de LNG por ano, de acordo com o website da Angola LNG, a
sociedade operacional.
A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO EM ANGOLA
O Petróleo é a mais importante fonte de
energia da actualidade, pois é através dele que se possibilita a realização de
inúmeras actividades. Ele é utilizado principalmente na forma de combustíveis
automotivos, como a gasolina e o óleo diesel, e também sendo queimado no
funcionamento das usinas termoelétricas. Além disso, ele é uma importante
matéria-prima utilizada na fabricação de plásticos, tintas, borrachas
sintéticas e alguns outros produtos.
Trata-se de uma substância oleosa,
altamente inflamável e de coloração negra ou castanho escura, de origem fóssil
e não renovável, ou seja, ele poderá deixar de existir com o passar dos anos.
Quimicamente falando, trata-se de um hidrocarboneto, pois é constituído por
átomos de hidrogênio e carbono.
Esse combustível é encontrado em zonas
de bacias sedimentares, em camadas muito abaixo da superfície, geralmente em
regiões oceânicas. Para extraí-lo, constroem-se plataformas petrolíferas que
têm a missão de perfurar o solo e encontrar abaixo dos mares essa importante
substância.
CONCLUSÃO
Com base na nossa pesquisa chegamos à
conclusão de que também existem duas outras coisas em abundância na província
angolana: violência contra a população e corrupção no poder político-económico.
O petróleo em Angola jurou pela primeira
vez em 1954. Foi, de imediato, construída uma refinaria que lançou os primeiros
produtos em 1957. Angola passou a ser auto-suficiente para o seu pequeno
consumo. As prospecções viraram-se para Cabinda, dada a fraca possança das
jazidas próximas de Luanda.
Em 1966 jurou petróleo em Cabinda em
volumes que provocaram entusiasmos, preocupações e acenderam luzes amarelas de
aviso (optimistas) dentro das multinacionais, e vermelhas (pessimistas) para o
governo de Lisboa. Em 1973 o volume de divisas do petróleo sobrepujou o do
café, até então o maior suporte económico de Angola. Não citamos os diamantes
porque a sua extracção e comercialização passavam ao arrepio da balança
comercial angolana.
BIBLIOGRAFIA
Rodolfo Alves
Pena, Petróleo; Disponível em:
MariaNJardim, 50 ANOS DE PETRÓLEO, Angola;
Disponível em: <http://tudosobreangola.blogspot.com/2010/10/angola-50-anos-de-petroleo.html>; Acessado em: 12 de Nov. 2016. As 12:28 min.
João Maria Funzi
Chimpolo, O impacto do petróleo no crescimento económico de Angola; Disponível
em:
<http://www.welvitchia.com/Novidades_files/Impacto%20Petroleo%20Crescimento%20da%20Economia%20Angola.pdf>; Acessado em: 12 de Nov. 2016. As 12:40 min.
bom trabalho
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