segunda-feira, 28 de novembro de 2016
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Penetração e expansão do Islão em África
INTRODUÇÃO
A penetração e expansão islâmica em
África durante o período da idade média, foi introduzido no continente africano
pouco depois de seu surgimento, e diversos reinos islâmicos se estabeleceram no
continente durante este período. Com mais detalhes sobre o tema encontra-se ao
longo do trabalho.
EXPANSÃO ISLÂMICA NA ÁFRICA
Juntamente com o Oriente Médio, o sudeste
asiático e algumas regiões da Índia, a África vem adquirindo cada vez mais
relevância no chamado mundo islâmico.
O islamismo entrou no continente
africano a partir dos países da África do Norte, como Marrocos e Egito, e foi
uma das primeiras regiões a ser conquistadas pela expansão inicial
árabe-islâmica (séculos VII e VIII). Dos séculos X a XVI, mercadores muçulmanos
contribuíram para o surgimento de importantes reinos na África Ocidental, que
floresceram graças ao comércio feito por caravanas que, atravessando o Saara,
punham em contato o mundo mediterrâneo ao das estepes e savanas do Sudão
Ocidental e África centro-ocidental.
No entanto, a difusão do islã no
continente africano se deu muito mais pelo comércio e pra migração do que por
imposições militares. A expansão islâmica se deu, basicamente em três frentes:
·
Do noroeste do
continente (região do Magreb), para o Saara e a África Ocidental
·
Do baixo para o
alto vale do Nilo, chegando ao nordeste da África (península da Somália e
arredores)
·
Comerciantes
originários da porção sul-sudoeste da Península Arábica e imigrantes do
subcontinente indiano, criaram assentamentos no litoral do Índico e, dali,
difundiram a presença muçulmana para o interior.
O número de muçulmanos na África é na
atualidade estimado em mais de 300 milhões, cerca de 27% do total dos
seguidores da religião criada pelo profeta Maomé.
RAMOS DO ISLAMISMO NA ÁFRICA
Os muçulmanos na África em geral
pertencem à denominação sunita, embora haja também um número significativo de
seguidores xiitas e Ahmadiyya. Além disso, o Sufismo, a dimensão mística do
Islã, também tem uma presença. A maddhab Malik é a escola dominante de
jurisprudência entre a maioria das comunidades sunitas do continente, enquanto
a maddhab Shafi'i é prevalente no Chifre da África, Egito oriental, e da
CostaSuaíli. O fiqh Hanafi também é seguido no oeste do Egito.
SUFISMO
Sufismo, que incide sobre os elementos
místicos do Islã, tem muitas divergências, bem como seguidores na África
Ocidental e no Sudão, e, como outras ordens, se esforça para conhecer a Deus
através da meditação e da emoção. Os sufis podem ser sunitas ou xiitas, e suas
cerimônias podem envolver cânticos, música, dança e meditação.
Muitos sufis na África são sincréticos,
praticando crenças folclóricas tradicionais. Salafistas criticam os
folcloristas sufis, pois alegam ter incorporado crenças
"não-islâmicas" em suas práticas, tais como a celebração dos vários
eventos, visitando os santuários de "santos islâmicos", dançando
durante a oração (dançarinos dervixes ou "dervixes rodopiantes").
A África Ocidental e o Sudão têm várias
ordens sufis, considerados com ceticismo pelos mais estritos ramos do Islã no
Oriente Médio. A maioria dos ordens sufis na África Ocidental enfatizam o papel
de um guia espiritual (marabu) ou a posse de poderes sobrenaturais, considerada
como uma africanização do Islã. No Senegal e Gâmbia, o ramo do mouridismo
afirma possuir vários milhões de adeptos e tem atraído críticas por sua
veneração ao fundador - Amadou Bamba. O Tijani é a ordem Sufi mais popular na
África Ocidental, com um grande número de seguidores na Mauritânia, Mali,
Níger, Senegal e Gâmbia
SALAFISMO
Há relativamente pouco tempo, o
salafismo começou a se espalhar na África, como resultado da presença de muitas
Organizações Não-Governamentais (ONGs) muçulmanas, como a muçulmana Liga
Mundial, a Assembléia Mundial da Juventude Islâmica, a Federação de Mab e
escolas islâmicas. Estas organizações salafistas, muitas vezes com base
naArábia Saudita, promovem o conservadorismo, e consideram o Islã sufi como
"heterodoxo" e contrário ao Islã tradicional. Essas ONGs construíram
mesquitas e centros islâmicos na África, e muitos são formadas por muçulmanos
africanos puritanos, muitas vezes treinados no Oriente Médio. Bolsas de estudo
também são oferecidos para ampliar o salafismo.
CONCLUSÃO
Durante idade média as os muçulmanos
entraram em África como refugiados no início da sua história. Perseguidos pelo
povo de Meca, por ordem do profeta Maomé, atravessaram o mar Vermelho e
procuraram refúgio na Etiópia, onde foram acolhidos pelo rei Najashi, que lhes
concedeu protecção, respeito e liberdade.
BIBLIOGRAFIA
DA REDAÇÃO,
Resumo de geografia – Expansão islâmica na África, actualizado em 14 de Outubro
de 2016, 13h:07min.
Encontra-se: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/resumo-de-geografia-expansao-islamica-na-africa/;
Acessado aos 17 de Outubro de 2016.
Pedro Nsiangengo, Rebeca Pereira Santana, Bento
Kianzowa, Filipa André Francisco da Conceição, Rebeca Helena André: Manual de
História - 7ª Classe, Livraria Mensagem editora; Luanda, 2006.
MARZANO, Andrea. "A presença muçulmana na
África" In. CAMPOS, Adriana Pereira; SILVA, Gilvan Ventura da. "Os
Reinos africanos na Antiguidade e Idade Média" Vitória: GM Editora, 2011.
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Artropatia
Artropatia
Podem desenvolver alergias, certas
doenças infecciosas, doenças endócrinas, doenças crônicas de órgãos internos,
desordens metabólicas e distúrbios da regulação nervoso. Clínica artropatia
podem variar significativamente.
As características comuns são a dor,
lesões assimétricas, síndrome articular dependente da doença subjacente e ligeiras
alterações nos resultados de estudos instrumentais (raios X, CT, MRI).
Diagnóstico artropatia exibiu quando articulares e síndrome articular sintomas
não satisfazem os critérios de diagnóstico de artrite reumatóide ou gotosa. O
tratamento é realizado levando-se em consideração a doença subjacente.
Trata-se de uma doença que afeta a
articulação, e, pelo fato de desgastar a mesma, possui características
degenerativas. Ela atinge uma média de 5 a 10 por cento da população, mas
ocorre com uma freqüência maior em adultos de meia idade e idosos com a faixa
etária acima de 65 anos. (KARIATSUMARI ET. AL.,UEL [PERÍÓDICO])
Em diversas vezes, ela não apresenta nem
uma causa que pode ser específica, mas em vários casos, ela é uma conseqüência
de outras doenças, que podem ser imperfeições de nascença no quadril, necrose
vascular na cabeça do fêmur ou algum problema oriundo da infância. (FISCHER,
2013)
Artropatia
·
Artropatia
alérgica
·
Artropatia na
síndrome de Reiter
·
Artropatia em
outras doenças infecciosas e parasitárias
·
Artropatia em
vasculite
·
Artropatia em
desregulação endócrina
·
Artropatia em
doenças dos órgãos internos
·
Artropatia -
tratamento em Moscou
Artropatia alérgica
Dor nas articulações ocorrem no contexto
de uma reação alérgica. Artropatia podem se desenvolver como quase
imediatamente após o contato com o alérgeno, e alguns dias mais tarde. O
diagnóstico baseia-se os sintomas alérgicos exibiram características:. Presença
de febre, exantema, linfadenopatia, obstrução brônquica, e assim por diante G.
por um teste de sangue revelou hipergamaglobulinemia, eosinofilia, células
plasmáticas e anticorpos de classe IgG. Artropatia fenômenos desaparecem após
uma terapia de dessensibilização.
Surgimento da síndrome de articular em
comum uma reacção alérgica à introdução do alérgeno (soro, medicamentos,
alergias alimentares, etc.) ocorre em 20% dos pacientes com sintomas alérgicos
graves, a maioria delas - mulheres.
Diagnóstico da síndrome de articular
alérgica é baseada em várias características:
·
Curso agudo da
doença;
·
Claramente uma
correlação entre o consumo de certos alimentos (ou droga) e a manifestação da
alergia com dor nas articulações;
·
Desaparecimento
rápido de sintomas e a ausência de efeitos residuais com tratamento
anti-alérgico adequado.
O tratamento geralmente consiste no
tratamento da doença subjacente, a abolição da droga que causou o aparecimento
da síndrome de articular, a completa eliminação de alérgenos alimentares da
dieta, bem como tomar medicamentos antialérgicos (anti-histamínicos,
corticosteróides, etc.).
No tratamento de reacção alérgica grave
pode ser realizada em um hospital. A auto-medicação não é permitido.
Artropatia de Charcot
A Artropatia de Charcot /
Neuroartropatia, representa uma entidade rapidamente progressiva e devastadora,
que ocorre mais frequentemente nas articulações do pé e tornozelo, e de forma menos comum outros
segmentos como ombro ou coluna vertebral. Caracteriza-se por fragmentação, fractura
e destruição óssea.
Sistemas de Classificação
A sistematização anatómica, pode ser
feita por vários sistemas propostos, sendo o mais usado o de Sanders – Fryberg,
que apresenta a distribuição anatomo-patológica em cinco zonas do pé, e correlaciona
o prognóstico, através da percentagem de complicações. A deformidade estrutural
e a instabilidade funcional mais severas, são encontradas na articulação de
Lisfranc e tornozelo.
A classificação de Eichenholtz
modificada, é um sistema de estadiamento usado para descrever a história
natural das alterações clinicas e radiológicas da artropatia de Charcot.
Diagnóstico
O diagnóstico e tratamento precoces são
cruciais no prognóstico da artropatia de Charcot, cujo curso é muitas vezes
rapidamente progressivo levando a deformação, ulceração e amputação.
Efectivamente, é necessário um alto
índice de suspeição, uma vez que as suas manifestações clinicas podem
subtilmente confundir-se com outras hipóteses de diagnóstico como vasculites,
gota, ou quadro infeccioso. Para o diagnóstico diferencial é essencial a
avaliação dos parâmetros vitais, excluindo presença de febre; exame objectivo
exaustivo excluindo eventuais soluções de continuidade com a pele; completa
avaliação analítica incluindo doseamento de indicadores inflamatórios.
O primeiro exame imagiológico é o
radiograma simples (RX) do pé em três projecções (dorsoplantar, perfil e obliqua).
Devem ser estudados ambos os pés, de modo a comparar alterações subtis. Numa
fase muito precoce o RX poderá apresentar-se ainda sem alterações, no entanto
nas subsequentes fases é diagnóstico. Os achados radiográficos dependem do
estádio e da localização anatómica.
A crise do Catolicismo
Introdução
Os conflitos sociais na Boêmia no século XV tiveram
uma forte influência religiosa e prefiguraram diversos outros conflitos que
eclodiriam em outras partes da Europa um século depois com o advento da Reforma
Protestante. A Boêmia localizava-se onde hoje é a República Tcheca e incluía,
no século XIV, a Morávia, a Silésia e a Alta e a Baixa Lusátia. O nome de
Revolução Hussita, que foi dado ao conflito que eclodiu entre 1419 e 1436,
referia-se ao teólogo e padre Jan Huss.
Intrigas
da corte
Em 2006, Joseph Ratzinger (nome real do Papa Bento
XVI) escolheu o cardeal Tarcisio Bertone como seu novo secretário de Estado, ou
seja, como seu primeiro-ministro. Bertone já tinha "trabalhado" com
Ratzinger na Inquisição Romana, e eles foram aliados no conclave de 2005 (o
conclave papal é o congresso de cardeais que elege o Papa). A partir dessa
posição, ao longo dos anos ele acumulou notável poder que ele tem usado da
forma mais imprudente contra as crescentes fileiras de seus inimigos dentro da
corte papal.
O desdobramento da crise econômica fez com que as autoridades
bancárias ficassem menos dispostas a serem tolerantes com o modo de operação do
IOR, que atuava com absoluta desregulamentação papal, livre de impostos e em
total desrespeito às normas internacionais. A situação ficou tão ruim que levou
as autoridades italianas a impor o desligamento de todos os caixas eletrônicos
na Cidade do Vaticano. Rumores originados da Cúria Romana, e relatados pelo
jornal diário La Repubblica, dizem que o bloqueio dos caixas eletrônicos e a
renúncia de Bento XVI estão intimamente ligados.
Os vazamentos provavelmente começaram como uma
represália contra o "partido Bertoniano". Cartas de Viganò, contendo
referências explícitas, foram divulgadas para a imprensa, e informações
detalhadas sobre o conflito que desdobrava-se no IOR foram reveladas. Alguns
jornalistas tiveram acesso a um documento reservado escrito para o papa Bento
XVI, no qual é relatado que um cardeal siciliano tinha falado com alguns
eclesiásticos chineses prevendo um novo Papa antes de 2013. Os chineses entenderam
isso como uma ameaça de assassinato, mas, em retrospectiva, parece muito
provável que fosse uma referência à abdicação iminente.
Muda o
Papa, os problemas continuam
A eleição de Joseph Ratzinger representou um
afastamento da linha de João Paulo II, que era baseada no ecumenismo,
universalismo e uma tentativa de apelar mais para a juventude. Como marxistas,
sabemos que a política de Karol Wojtyla não foi menos reacionária: o papa
polonês abriu seu reinado sob a bandeira de um flagrante anticomunismo e da
intolerância, e a falsa postura anticapitalista e anti-imperialista adotada
após o colapso da URSS e durante a guerra no Iraque foi realmente utilizada
para ocupar o espaço político à esquerda e atrair milhões de jovens para o solo
estéril das manifestações de massa no Dia Mundial da Juventude, puxando-os para
longe da luta contra o capitalismo. Esta manobra, no entanto, revelou seus
limites com o chamado movimento antiglobalização, quando a tentativa católica
de sequestrar o movimento produziu resultados muito escassos. Na realidade, o
falso anticapitalismo de Wojtyla nem sequer conseguiu impedir o deslocamento
para a esquerda na América Latina, e o ecumenismo não conseguiu desacelerar
significativamente o avanço de outras religiões e seitas novas.
A eleição deste teólogo alemão foi uma escolha
obscurantista que implicava uma mudança de foco de volta para o núcleo duro dos
verdadeiros crentes conservadores. Foi uma escolha provinciana destinada a
cuidar dos gananciosos interesses da Igreja na Itália e das intrigas dentro da
Cúria de Roma. Como podemos observar, esta linha também enfrentou grandes
problemas e agora foi derrotada. Seu papado viu um fluxo interminável de escândalos
vergonhosos, divisões dramáticas, e declarações reacionárias.
Ele herdou do papa anterior o enorme escândalo dos
encobrimentos e da cumplicidade das chancelarias diocesanas e do Vaticano nos
casos de estupros cometidos por sacerdotes, particularmente em crianças, e ele
tratou esses casos com reticências e uma conspiração de silêncio (tudo isso
está agora de novo pegando fogo com protestos em muitos países contra os
cardeais passíveis de condenação sendo admitidos no novo conclave.
Um
sistema em crise
A crise do capitalismo é também a crise dos seus
pilares ideológicos. Nenhum novo papa poderá encontrar uma maneira de sair
deste beco sem saída. A Igreja Católica Romana, um fator formidável de
estabilidade para o capitalismo mundial, pode se transformar em seu contrário e
se tornar um elemento de instabilidade. O banco da Igreja pode falir como às
vezes acontece com os bancos. Uma Igreja que fala uma linguagem anacrônica
quando se trata de direitos civis e da igualdade social, mas que, ao mesmo tempo,
entende muito bem a linguagem do poder e dos derivativos financeiros pode
rapidamente perder o amplo apoio que ainda goza. Divisões no alto escalão sobre
obscuras lutas pelo poder vão minar a sua credibilidade e anunciam cismas,
tanto à direita, como os Católicos Tradicionais, e à esquerda, como a Teologia
da Libertação.
Conclusão
Igreja se tornou um interessante instrumento
político, mas não não conseguiu alcançar a importância cultural que desejava.
Não foi sequer uma traição: o novo mundo - neoliberal - sequer achou espaço
para si próprio nele e definha por conta própria, depois de sua gloriosa
vitória. Não há nada mais moderno do que as técnicas de poder da Igreja e nada
mais arcaico do que o Mercado, mas ambos se encontram na desdita. Nada mais curioso,
aliás, que uma renúncia em pleno Carnaval, a festa que nasce da sátira ao luto
público pela morte do imperador romano e na qual as leis estão suspensas para o
deleite da carne.
DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E DO PAN-AFRICANISMO
INTRODUÇÃO
O presente trabalho iremos abordar
acerca da descolonização de África e do Pan-africanismo, e ainda sobre a
descolonização do inglês, francês e belga. Abordaremos ainda sobre os processos
que possibilitaram a realização das descolonização tais como as independências
das suas colonias no território africano.
DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E DO PAN-AFRICANISMO
Assim como a América do Sul e Central e
Ásia, a África também foi colonizada pelos europeus, fato comum entre os
citados é que todos foram colonias de exploração. A divisão do continente para
exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa fizeram
parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.
A partir dessa conferência ficou
definida a divisão geográfica dos respectivos territórios a serem explorados. O
processo de exploração das colonias africanas durou muito tempo, as consequências
atuais são derivadas de vários factos históricos, sobretudo, da exploração.
No início do século XX, somente a
Libéria havia alcançado a independência política em todo continente, isso prova
o grau de dependência em relação às metrópoles e também o nível de atraso em
desenvolvimento tecnológico, industrial e económico em comparação aos outros
continentes. O processo de independência das colonias em relação às metrópoles
europeias é denominado historicamente como descolonização.
Doravante a esse período, teve início
uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autonomia política das
colonias, os primeiros a contemplar tal feito foi o Egipto nos anos 20, além da
África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.
Um dos factos que mais favoreceu o
processo de descolonização da África foi sem dúvida a Segunda Guerra Mundial
que ocorreu na Europa entre 1939 e 1945. Como esse conflito armado que
aconteceu no continente europeu o mesmo sofreu com a destruição e o declínio
económico.
O enfraquecimento económico e político
de grande parte dos países europeus, especialmente aqueles que detinham colonias
na África, foram aos poucos perdendo o controle sobre os territórios de sua
administração.
Esse facto deixa explícito que a perda
de territórios se desenvolveu somente pelo motivo de reconstrução que muitos
países necessitavam executar, assim não podendo designar forças e recursos para
o controle das metrópoles.
Aliado à questão da guerra, surgiram
grupos e movimentos que lutavam em busca da independência política, essa onde
libertaria, se dispersou por todo o continente e perdurou por vários anos.
Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento de
pelo menos 49 novas nações africanas.
Porém, a luta pela independência se
intensificou na década de 60, sempre marcada pelo derramamento de sangue, uma
vez que nunca havia actos pacíficos.
Mesmo com todas as adversidades, os
países foram alcançando suas independências políticas, no entanto, a divisão
dos territórios ficou definida a partir da concepção européia que não levou em
consideração as questões de ordem étnicas e culturais, desatenção que
desencadeia uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso por que
antes dos europeus as tribos tinham suas próprias fronteiras e todos se
respeitavam. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram
separadas, grupos rivais agrupados, entre outros factos que colocaram em risco
a estabilidade política na região.
Depois de longas décadas de lutas para
alcançar a autonomia política e económica, hoje a África conta com 53
territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território de
domínio do Marrocos.
PAN-AFRICANISMO
Pan-africanismo é o nome dado a uma
ideologia que acredita que a união dos povos de todos os países do continente
africano na luta contra o preconceito racial e os problemas sociais é uma
alternativa para tentar resolvê-los.
A partir dessa ideologia foi criada a
Organização de Unidade Africana (1963), que tem sido divulgada e apoiada,
majoritariamente, por afrodescendentes que vivem fora da África.
Dentre as propostas da ideologia está a
estruturação social do continente por meio de um remanejamento étnico na
África, unindo grupos separados e separando grupos rivais, por exemplo, tendo
em vista que isso aconteceu durante a divisão continental imposta pelos
colonizadores europeus. Além do resgate de práticas religiosas, como culto aos
ancestrais e incentivo ao uso de línguas nativas, anteriormente proibidas pelos
colonizadores.
Na realidade, o pan-africanismo é um
movimento de caráter social, filosófico e político, que visa promover a defesa
dos direitos do povo africano, constituindo um único Estado soberano para
africanos que vivem ou não na África.
Os principais idealizadores da teoria
pan-africanista foram Edward Burghardt Du Bois e Marcus Musiah Garvey.
No ano de 2002 instituiu-se de maneira
oficial a União Africana em substituição à Organização da Unidade Africana. No
ano seguinte, a união tomou iniciativas agressivas em relação a possíveis
soluções para as crises da região, além de incentivar a integração entre os
países.
O objetivo da União Africana é implantar
um continente livre para a circulação de pessoas, um Parlamento continental, um
tribunal pan-africano e um Banco Central, para que no futuro possa circular uma
moeda única, intenções pautadas nos moldes da União Europeia.
O fortalecimento da África no século XXI
requer um enorme esforço, tendo em vista que o continente é assolado pela
pobreza, miséria, guerras, doenças, corrupção. Portanto, erguer esse continente
é um grande desafio e, por isso, o agrupamento dos países pode trazer
resultados positivos.
DESCOLONIZAÇÃO FRANCESA DA ÁFRICA
A seguir à Segunda Guerra Mundial a
França, que já se encontrava a braços com insurreição na Argélia e na Indochina
e depois de já ter perdido Marrocos e a Tunísia, em 1956, como resultado de
movimentos independentistas aos quais foi obrigada a ceder, tentou em Setembro
de 1958, através dum referendo uma manobra de dar uma “autonomia” às suas
colónias, que continuariam a fazer parte da “Comunidade Francesa”. Com excepção
da Guiné, que votou pela independência imediata, a Côte d'Ivoire, o Níger, o
Alto Volta e o Daomé decidiram formar a “União Sahel-Benin” e, mais tarde, o
“Conselho do Entendimento”, enquanto o Senegal se unia ao “Sudão Francês” para
formar a “Federação do Mali”. Estas uniões não duraram muito tempo e a França,
em 1960, reconheceu a independência da maioria das sua colónias africanas.
A Argélia, no entanto, só se tornou
independente depois de 8 anos duma guerra que causou milhares de mortos, não só
na própria colónia, como também na França, após o que o governo francês,
dirigido pelo general Charles de Gaulle, decidiu entrar em conversações com o
principal movimento independentista (a Front de Libération Nationale ou FLN) e
conceder-lhe a independência.
Djibouti foi uma das colónias francesas
que decidiu, em 1958, manter-se na “Comunidade Francesa” mas, devido a
problemas de governação, a população local começou a manifestar-se a favor da
independência. Depois de um novo referendo, em 1977, o Djibouti tornou-se
finalmente um país independente. Nas Comores, a história foi semelhante, mas
com uma declaração unilateral de independência, em 1975, que foi reconhecida no
mesmo ano, mas que não abrangiu a ilha Mayotte, onde a população votou por
manter-se como um território francês. A ilha da Reunião é igualmente um
departamento francês, governando, para além da ilha principal, várias outras
ilhas que são reclamadas por Madagáscar e Maurícia.
A DESCOLINIZAÇÃO BELGA
A colonização belga no Congo foi um dos actos mais cruéis da história da
humanidade. Os congoleses foram tratados, primeiramente, como propriedade do Rei
Leopoldo II e, posteriormente, como propriedade do Estado. As autoridades
belgas achavam que podiam utilizar homens, crianças e mulheres para qualquer
tarefa.
O movimento separatista do Congo teve início em 1955, quando o Rei belga
Balduíno I visitou a colónia, a sociedade congolesa esperava que o monarca
mudasse as condições de seus súditos, mas isso não aconteceu.
O primeiro passo para a independência foi dado por um grupo de
intelectuais ligado ao movimento Consciência Africana, que publicou um
manifesto no qual se declaravam contrários à formação de uma comunidade belgo-congolesa,
pois isto significaria a manutenção do domínio belga.
Depois do manifesto, uma associação cultural chamada Abako
transformou-se em partido político e passou a liderar a luta em favor da
independência. Desse movimento surgiram outras organizações, como o Movimento
Nacional Congolês, liderado por Patrice Lumumba.
A primeira eleição popular no Congo ocorreu em 1957. As eleições foram
marcadas por manifestações violentas que resultaram na morte de dezenas de
pessoas. Os conflitos se prolongaram até 1959, quando tomaram outras
proporções: estimulados pelos colonizadores, grupos étnicos rivais passaram a
lutar entre si.
E em 1960, com a intervenção das autoridades belgas, realizou-se em
Bruxelas uma reunião com os principais chefes políticos congoleses. Nesse
encontro fixou a data de 30 de junho para a independência do Congo. Uma
constituição provisória nomeou Joseph Kasavubu para presidente e Patrice
Lumumba para primeiro ministro.
Em 1971, o país adotou o nome de República do Zaire. Na década de 1990,
assumiu a denominação de República Democrática do Congo.
DESCOLONIZAÇÃO BRITÂNICA DA ÁFRICA
Nas regiões de
colonização inglesa, o movimento descolonizador caracterizou–se, em geral, pela
ruptura pacífica. Foram os casos, por exemplo, de Gana, Nigéria, Serra Leoa e
Gâmbia. No Quênia, entretanto, a emancipação política foi precedida de
conflitos violentos devido à resistência da população branca do país, que
detinha 25% das terras quenianas mais férteis.
A África inglesa A Inglaterra realizou o
domínio vertical, controlando o continente desde o mar Mediterrâneo até o cabo
da Boa Esperança. Os ingleses estabeleceram-se no Egito, na Costa do Ouro, na
Nigéria, na Rodésia, em Serra Leoa, na África Oriental e na África do Sul.
As
vias da descolonização
A descolonização afro-asiática não foi
um processo homogêneo, ocorrendo de duas maneiras: a pacífica e a violenta.
No caso da via pacífica, a independência
da colônia era realizada progressivamente pela metrópole, com a concessão da
autonomia político-administrativa, mantendo-se o controle econômico do novo
país, criando, dessa forma, um novo tipo de dependência.
As independências que ocorreram pela via
da violência resultaram da intransigência das metrópoles em conceder a
autonomia às colônias. Surgiam as lutas de emancipação, geralmente vinculadas
ao socialismo, que levaram a cabo as independências.
Consequências
da descolonização afro-asiática
A principal consequência do processo de
descolonização afro-asiática foi a criação de um novo bloco de países que
juntamente com a América Latina passaram a compor o Terceiro Mundo.
Essa denominação deve-se ao fato de que
os países originados a partir desses processos de independência acabaram por
manter vínculos de dependência econômica com os países capitalistas
desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou com países socialistas desenvolvidos (Segundo
Mundo).
CONCLUSÃO
Depois de uma longa e exaustiva pesquisa
concluímos que as descolonizações das colonias inglesa, francesa e belga tiveram
um papel importante para a conquista da independências dos países africanos. O
pan-africanismo é uma organização que foi criada com o intuito de unificar os
países africanos após o período de descolonização.
terça-feira, 4 de outubro de 2016
A REVOLTA DO NDONGO (150 – 1600)
INTRODUÇÃO
Neste trabalho poderemos falar sobre a
revolta do Ndongo, tema este que nos leva a contemplar os tempos passados, onde
os nossos compatriotas tiveram que unir as suas forças para juntos chegarem até
o tempo da independência. Falar da revolta do Ndongo é falar de um grande reino
que nos tempos passados lutou muito contra a colonização dos portugueses e
muito se esforçou para a invasão portuguesa não atingisse em muitos lugares do
território de Angola.
A REVOLTA DO NDONGO
O reino do
Ndongo
O reino do Ndongo (ou reino do Ngola) é o nome de um estado
pré-colonial africano na actual Angola, criado por subgrupos dos Ambundu. Os
registos mais antigos acerca deste reino datam do século XVI. Ndongo foi - como
Matamba um dos vários estados vassalos do Reino do Kongo que existiram na área
habitada pelos Ambundu. Ele foi liderado por um rei cujo título era Ngola (que deu origem à palavra
"Angola").
Quando os portugueses chegaram à foz do
rio Zaire encontraram dois reinos, Kongo e Ndongo. Ndongo foi fundado no início
do século XVI, por um pequeno chefe Kimbundo que possivelmente, controlava o
comércio de ferro. Os primeiros ngolas, partindo da possível ligação com a arte
do ferro, estenderam a autoridade do Ndongo sobre diversos sobas. (Soba: do
quimbundo, senhor de um distrito) para terminarem, em meados do século XVI,
ocupando as terras compreendidas entre os rios Dande, Lucala e Cuanza.
Os ngolas foram obrigados a se
submeteram os manikongos e pagarem impostos e rendiam a eles homenagens. A
organização do estado Ndongo era parecida com a do Kongo, o estado Kimbundo só
se tornou independente em l556, quando as tropas do Ngola Inene, apoiadas por
alguns portugueses, infligiram uma importante derrota ao Manikongo. Este
último, inspirado pelos portugueses, tentava uma aventura militar nos
territórios do Ndongo.
Após a independência do reino do
Ndondgo, o Ngola, ouvindo os conselhos dos escravistas da ilha de São Tomé e
sendo chefe de um estado totalmente soberano, enviou uma embaixada a Portugal
para pedir contactos directos com a Coroa. Era a melhor forma de garantir um
fluxo sistemático dos produtos europeus, imprescindíveis a chefes políticos que
assentavam parte do poder e prestígio sobre o controle do comércio de longa
distância.
O Nula Ndambi, que sucedeu o Inene e olhava
com desconfiança os contactos com os europeus, recebeu, em l560, uma embaixada
portuguesa comandada por um jovem e ambicioso nobre português, Paulo Dias de
Novas, e mais quatro jesuítas.
O desembarque de Dias de Novas não
encontrou resistência. As terras, próximas ao reino de Ndongo, onde alguns
portugueses já comerciavam com escravos, pertenciam ao distante reino do Kongo.
Era nestas praias que os Manikongos mandavam pescar os nzimbos, que serviam
como moeda nacional no reino do Kongo. O Ngola não se sentiu ameaçado. Mandou,
no mesmo ano, uma delegação de boas-vindas ao nobre lusitano. O lusitano
começou sua expansão a procura de preta e escravos. Invadiu terras do Ndongo.
Os portugueses preocupados com a
possível aliança entre holandeses e o manikongo, não deram importância às
exigências de Nzinga, que de imediato, rearticulou uma poderosa frente de
batalha composta de yagas, quimbares, cativos fugidos, kongos e até holandeses.
Ocupou o reino de Mtamba e reforçou suas tropas. Os portugueses desesperaram.
Os holandeses abandonaram Luanda. Portugal voltou às negociações.
Guerra de 1556
Por volta de 1556, o Ndongo enviou outra
missão a Portugal procurando ajuda militar e oferecendo-se para ser
cristianizado, mesmo apesar dos oficiais portugueses da altura terem duvidado
da sua sinceridade religiosa. Em 1901, E. G. Ravenstein afirmou que esta missão
foi o resultado de uma guerra entre o Congo e o Ndongo, na qual o Ndongo saiu
vencedor e afirmou a sua independência.
O mesmo disse Jan Vansina em 1966 (e a
partir daqui vários outros escritores), porém isto parece ter sido uma
incompreensão das fontes originais. O Ndongo poderá ter realmente visto a
missão como uma espécie de declaração de independência, já que a resposta do
Congo à missão de 1518 sugere que ainda mantinha poder suficiente para prevenir
movimentos independentistas.
CONCLUSÃO
Depois da pesquisa feita chegamos então
a conclusão de que o reino do Ndongo foi um dos principais pilares da revolução
portuguesa no tempo colonial, onde o rei não aceitava que os portugueses
pudessem ocupar terra desnecessariamente. Vimos que o rei que naquele tempo
liderou o reino do Ndongo tinha o nome de Ngola na qual deu origem ao nome
dessa grande nação Angola.
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