INTRODUÇÃO
A penetração e expansão islâmica em
África durante o período da idade média, foi introduzido no continente africano
pouco depois de seu surgimento, e diversos reinos islâmicos se estabeleceram no
continente durante este período. Com mais detalhes sobre o tema encontra-se ao
longo do trabalho.
EXPANSÃO ISLÂMICA NA ÁFRICA
Juntamente com o Oriente Médio, o sudeste
asiático e algumas regiões da Índia, a África vem adquirindo cada vez mais
relevância no chamado mundo islâmico.
O islamismo entrou no continente
africano a partir dos países da África do Norte, como Marrocos e Egito, e foi
uma das primeiras regiões a ser conquistadas pela expansão inicial
árabe-islâmica (séculos VII e VIII). Dos séculos X a XVI, mercadores muçulmanos
contribuíram para o surgimento de importantes reinos na África Ocidental, que
floresceram graças ao comércio feito por caravanas que, atravessando o Saara,
punham em contato o mundo mediterrâneo ao das estepes e savanas do Sudão
Ocidental e África centro-ocidental.
No entanto, a difusão do islã no
continente africano se deu muito mais pelo comércio e pra migração do que por
imposições militares. A expansão islâmica se deu, basicamente em três frentes:
·
Do noroeste do
continente (região do Magreb), para o Saara e a África Ocidental
·
Do baixo para o
alto vale do Nilo, chegando ao nordeste da África (península da Somália e
arredores)
·
Comerciantes
originários da porção sul-sudoeste da Península Arábica e imigrantes do
subcontinente indiano, criaram assentamentos no litoral do Índico e, dali,
difundiram a presença muçulmana para o interior.
O número de muçulmanos na África é na
atualidade estimado em mais de 300 milhões, cerca de 27% do total dos
seguidores da religião criada pelo profeta Maomé.
RAMOS DO ISLAMISMO NA ÁFRICA
Os muçulmanos na África em geral
pertencem à denominação sunita, embora haja também um número significativo de
seguidores xiitas e Ahmadiyya. Além disso, o Sufismo, a dimensão mística do
Islã, também tem uma presença. A maddhab Malik é a escola dominante de
jurisprudência entre a maioria das comunidades sunitas do continente, enquanto
a maddhab Shafi'i é prevalente no Chifre da África, Egito oriental, e da
CostaSuaíli. O fiqh Hanafi também é seguido no oeste do Egito.
SUFISMO
Sufismo, que incide sobre os elementos
místicos do Islã, tem muitas divergências, bem como seguidores na África
Ocidental e no Sudão, e, como outras ordens, se esforça para conhecer a Deus
através da meditação e da emoção. Os sufis podem ser sunitas ou xiitas, e suas
cerimônias podem envolver cânticos, música, dança e meditação.
Muitos sufis na África são sincréticos,
praticando crenças folclóricas tradicionais. Salafistas criticam os
folcloristas sufis, pois alegam ter incorporado crenças
"não-islâmicas" em suas práticas, tais como a celebração dos vários
eventos, visitando os santuários de "santos islâmicos", dançando
durante a oração (dançarinos dervixes ou "dervixes rodopiantes").
A África Ocidental e o Sudão têm várias
ordens sufis, considerados com ceticismo pelos mais estritos ramos do Islã no
Oriente Médio. A maioria dos ordens sufis na África Ocidental enfatizam o papel
de um guia espiritual (marabu) ou a posse de poderes sobrenaturais, considerada
como uma africanização do Islã. No Senegal e Gâmbia, o ramo do mouridismo
afirma possuir vários milhões de adeptos e tem atraído críticas por sua
veneração ao fundador - Amadou Bamba. O Tijani é a ordem Sufi mais popular na
África Ocidental, com um grande número de seguidores na Mauritânia, Mali,
Níger, Senegal e Gâmbia
SALAFISMO
Há relativamente pouco tempo, o
salafismo começou a se espalhar na África, como resultado da presença de muitas
Organizações Não-Governamentais (ONGs) muçulmanas, como a muçulmana Liga
Mundial, a Assembléia Mundial da Juventude Islâmica, a Federação de Mab e
escolas islâmicas. Estas organizações salafistas, muitas vezes com base
naArábia Saudita, promovem o conservadorismo, e consideram o Islã sufi como
"heterodoxo" e contrário ao Islã tradicional. Essas ONGs construíram
mesquitas e centros islâmicos na África, e muitos são formadas por muçulmanos
africanos puritanos, muitas vezes treinados no Oriente Médio. Bolsas de estudo
também são oferecidos para ampliar o salafismo.
CONCLUSÃO
Durante idade média as os muçulmanos
entraram em África como refugiados no início da sua história. Perseguidos pelo
povo de Meca, por ordem do profeta Maomé, atravessaram o mar Vermelho e
procuraram refúgio na Etiópia, onde foram acolhidos pelo rei Najashi, que lhes
concedeu protecção, respeito e liberdade.
BIBLIOGRAFIA
DA REDAÇÃO,
Resumo de geografia – Expansão islâmica na África, actualizado em 14 de Outubro
de 2016, 13h:07min.
Encontra-se: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/resumo-de-geografia-expansao-islamica-na-africa/;
Acessado aos 17 de Outubro de 2016.
Pedro Nsiangengo, Rebeca Pereira Santana, Bento
Kianzowa, Filipa André Francisco da Conceição, Rebeca Helena André: Manual de
História - 7ª Classe, Livraria Mensagem editora; Luanda, 2006.
MARZANO, Andrea. "A presença muçulmana na
África" In. CAMPOS, Adriana Pereira; SILVA, Gilvan Ventura da. "Os
Reinos africanos na Antiguidade e Idade Média" Vitória: GM Editora, 2011.
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