terça-feira, 4 de outubro de 2016

A REVOLTA DO NDONGO (150 – 1600)




INTRODUÇÃO

Neste trabalho poderemos falar sobre a revolta do Ndongo, tema este que nos leva a contemplar os tempos passados, onde os nossos compatriotas tiveram que unir as suas forças para juntos chegarem até o tempo da independência. Falar da revolta do Ndongo é falar de um grande reino que nos tempos passados lutou muito contra a colonização dos portugueses e muito se esforçou para a invasão portuguesa não atingisse em muitos lugares do território de Angola.



A REVOLTA DO NDONGO

O reino do Ndongo
O reino do Ndongo  (ou reino do Ngola) é o nome de um estado pré-colonial africano na actual Angola, criado por subgrupos dos Ambundu. Os registos mais antigos acerca deste reino datam do século XVI. Ndongo foi - como Matamba um dos vários estados vassalos do Reino do Kongo que existiram na área habitada pelos Ambundu. Ele foi liderado por um rei cujo título era Ngola  (que deu origem à palavra "Angola").
Quando os portugueses chegaram à foz do rio Zaire encontraram dois reinos, Kongo e Ndongo. Ndongo foi fundado no início do século XVI, por um pequeno chefe Kimbundo que possivelmente, controlava o comércio de ferro. Os primeiros ngolas, partindo da possível ligação com a arte do ferro, estenderam a autoridade do Ndongo sobre diversos sobas. (Soba: do quimbundo, senhor de um distrito) para terminarem, em meados do século XVI, ocupando as terras compreendidas entre os rios Dande, Lucala e Cuanza.
Os ngolas foram obrigados a se submeteram os manikongos e pagarem impostos e rendiam a eles homenagens. A organização do estado Ndongo era parecida com a do Kongo, o estado Kimbundo só se tornou independente em l556, quando as tropas do Ngola Inene, apoiadas por alguns portugueses, infligiram uma importante derrota ao Manikongo. Este último, inspirado pelos portugueses, tentava uma aventura militar nos territórios do Ndongo.
Após a independência do reino do Ndondgo, o Ngola, ouvindo os conselhos dos escravistas da ilha de São Tomé e sendo chefe de um estado totalmente soberano, enviou uma embaixada a Portugal para pedir contactos directos com a Coroa. Era a melhor forma de garantir um fluxo sistemático dos produtos europeus, imprescindíveis a chefes políticos que assentavam parte do poder e prestígio sobre o controle do comércio de longa distância.
O Nula Ndambi, que sucedeu o Inene e olhava com desconfiança os contactos com os europeus, recebeu, em l560, uma embaixada portuguesa comandada por um jovem e ambicioso nobre português, Paulo Dias de Novas, e mais quatro jesuítas.
O desembarque de Dias de Novas não encontrou resistência. As terras, próximas ao reino de Ndongo, onde alguns portugueses já comerciavam com escravos, pertenciam ao distante reino do Kongo. Era nestas praias que os Manikongos mandavam pescar os nzimbos, que serviam como moeda nacional no reino do Kongo. O Ngola não se sentiu ameaçado. Mandou, no mesmo ano, uma delegação de boas-vindas ao nobre lusitano. O lusitano começou sua expansão a procura de preta e escravos. Invadiu terras do Ndongo.
Os portugueses preocupados com a possível aliança entre holandeses e o manikongo, não deram importância às exigências de Nzinga, que de imediato, rearticulou uma poderosa frente de batalha composta de yagas, quimbares, cativos fugidos, kongos e até holandeses. Ocupou o reino de Mtamba e reforçou suas tropas. Os portugueses desesperaram. Os holandeses abandonaram Luanda. Portugal voltou às negociações.
Guerra de 1556
Por volta de 1556, o Ndongo enviou outra missão a Portugal procurando ajuda militar e oferecendo-se para ser cristianizado, mesmo apesar dos oficiais portugueses da altura terem duvidado da sua sinceridade religiosa. Em 1901, E. G. Ravenstein afirmou que esta missão foi o resultado de uma guerra entre o Congo e o Ndongo, na qual o Ndongo saiu vencedor e afirmou a sua independência.
O mesmo disse Jan Vansina em 1966 (e a partir daqui vários outros escritores), porém isto parece ter sido uma incompreensão das fontes originais. O Ndongo poderá ter realmente visto a missão como uma espécie de declaração de independência, já que a resposta do Congo à missão de 1518 sugere que ainda mantinha poder suficiente para prevenir movimentos independentistas.



CONCLUSÃO


Depois da pesquisa feita chegamos então a conclusão de que o reino do Ndongo foi um dos principais pilares da revolução portuguesa no tempo colonial, onde o rei não aceitava que os portugueses pudessem ocupar terra desnecessariamente. Vimos que o rei que naquele tempo liderou o reino do Ndongo tinha o nome de Ngola na qual deu origem ao nome dessa grande nação Angola. 

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